25 de mai. de 2011

Mensagem da semana 23/05/2011

“Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o
seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de
nenhum de seus benefícios.” Sl. 103:1,2



Ingratidão: uma palavra muito pesada, mas muito presente. Onde? Em nossas
vidas. Traçamos rotas, perseguimos objetivos, pedimos coisas para Deus, mas
parece que nossa alma tem a tendência, cruel e ingrata, de esquecer do que
Ele já fez por nós.
O próprio Salmista afirma em Sl. 126:3: “grandes coisas fez o Senhor por
nós, por isso estamos alegres.” E não é verdade? Da mesma forma ingrata,
nos comparamos aos milionários, bem sucedidos e pensamos: porque não
eu? Mas deixamos de olhar para os miseráveis, que nada tem para comer,
vestir, morar; deixamos de olhar para aqueles que se encontram acamados,
há meses, anos, décadas, em um leito de dor, sem poder se movimentar e ver
as maravilhas da Criação de nosso Deus.
Não seria isto ingratidão? Não tenho dúvidas disto!
Davi convoca sua alma a bendizer o Senhor por tudo o que Ele fez. O que
isto significa? Davi é conhecido na Bíblia, dentre outros predicados, como
um adorador. Mas este rótulo não lhe foi dado somente por saber tocar
instumentos, compor músicas e, aproximadamente, 100 dos 150 salmos.
Davi é conhecido como um adorador, por demonstrar, em sua biografia, que
não tinha amarras para adorar a seu Deus e por adorá-lo, em toda e qualquer
circunstância.
Quando Davi convoca sua alma para bendizer, está dizendo a si mesmo para
não adorar somente com os lábios, mas verdadeiramente. O próprio Senhor
Jesus, ao ser indagado sobre os mandamentos, afirmou que se resumiam
a dois, um deles: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração,
e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt. 22.37). Já o
apóstolo João nos ensina: “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem
de língua, mas por obra e em verdade.” (1 Jo 3:18). É bem verdade que o
segundo dos textos se refere mais ao amor fraternal, mas pode aqui ser usado
analogicamente, confirmando o primeiro, demonstrando que Deus requer de
nós uma adoração verdadeira, a qual vai muito além de palavras.
E foi isto o que Davi decidiu fazer: convocar sua alma para bendizer, ou seja,
para louvar ao Senhor por tudo o que Ele fez, deixando de olhar para aquilo
que ainda não havia se concretizado, bem como o que não havia dado certo
no passado.
Nós, os filhos de Deus, somos espirituais. Almejamos e aguardamos a vinda
de nosso Senhor, quando arrebatará da terra Seu povo para com Ele morar
nas mansões celestes. Somente isto nos motivaria, como Davi, a convocarmos
nossa alma a adorá-Lo. Mas Seu amor não se resume à glória vindoura. amá-lo
a adorá-Lo. Mas Seu amor não se resume à glória vindoura. Lembro de uma
canção do Diante do Trono para crianças: “grande, tão grande; alto, tão
alto; fundo, profundo; é maior que o mundo” (o amor de nosso Deus).
Ele demonstra Seu Amor, no cuidado das coisas mínimas do nosso dia-a-dia,
naquilo que os outros consideram pequeno, mas que, para nós, é importante,
às vezes, vital.
Somente quem já passou por uma enfermidade sabe o valor da saúde;
somente quem passou fome, sabe o real valor de ter o pão, ainda que
somente o pão, e, ainda, seco, sobre a mesa; somente quem esteve à beira da
morte  reconhece a bênção de estar vivo. E a lista é, sem dúvida, muito
maior. Abra teus olhos. Pense no que Deus tem feito por você, inclusive as
coisas mínimas. E convoque sua alma para adorá-lo, verdadeiramente. Só Ele
merece!

No amor de Cristo,
Pr. Júlio Nascimento

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